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“A Mão e o Mundo”: espetáculo pretende que jovens se “exprimam acerca de si, do outro e do mundo”

Desde o início do caminho rumo à Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 que o COD (Comité Organizador Diocesano) Aveiro quis que os jovens da Diocese de Aveiro fossem os principais protagonistas desta preparação. Seguindo essa visão, a menos de dois meses do maior encontro de jovens do mundo, foi lançado aos jovens mais um desafio para a criação de um Projeto Artístico denominado “A Mão e o Mundo”.

Para ensaiar os jovens corajosos que aceitaram o desafio, o COD Aveiro convidou São Castro, uma coreógrafa nacionalmente conhecida, premiada com o Prémio Autores de melhor coreografia em 2015.

Depois de um convite do COD Aveiro, mais especificamente do coordenador Pedro Carvalho para desenvolver uma peça multidisciplinar com jovens da região, para ser inserido no programa e atividades referentes às Jornadas Mundiais da Juventude, São Castro foi buscar à estante um livro de José Tolentino Mendonça e começou a ler. Foi a partir desse livro e de um poema específico que nasceu o espetáculo “A Mão e o Mundo”.

A artista explica que como coreógrafa gosta de se “ligar às palavras para a construção de uma peça” e de “trazer (as palavras) para o processo criativo e trabalhar o corpo em função do movimento que as palavras suscitam”. São Castro vai ainda mais longe na crença de “dar uma forma e volume às palavras para que, através de um discurso físico, não verbal, elas existam na expressividade dos corpos”.

Com inspiração no poema “A Mão, o Muro e o Mundo” e com o desejo de “desfazer muros entre todos”, para criar o título do espetáculo juntou A Mão e o Mundo: “a mão como parte do corpo que toca e contacta, como ponto de ligação física frequente entre os seres humanos; o mundo como espaço aberto e fechado simultaneamente, dividido, mas permeável à união, ao encontro, ao cruzamento”.

O que pretendem transmitir às pessoas neste espetáculo?

Mais do que transmitir, que seja um momento de partilha entre intérpretes e público. Que seja um encontro em que se comunica e há conexão de outras formas que não a habitual do quotidiano. Que os jovens aproveitem esta oportunidade para se exprimirem acerca de si, do outro, do mundo que os rodeia e do pequeno-grande mundo que cada um deles é.

A coreógrafa defende que “recorre muitas vezes a textos e às palavras nos processos artísticos” dos seus trabalhos. Especificamente neste projeto, trouxe a poesia como “inspiração”. “Sendo a matéria da dança o corpo, este na sua comunicação acaba por ser subjetivo e abstrato e desta forma existe um paralelismo com a escrita poética, prevalecendo a estética, a imagem, a composição”, explica.

No final, São Castro gostava que o projeto fosse motivo de “boa memória para todos os jovens (que fizeram parte)”, deixando uma “vontade de voltar a participar em projetos artísticos e se aproximarem mais das artes, quer como intervenientes, quer como público”.

A estreia do espetáculo “A Mão e o Mundo” com jovens da Diocese de Aveiro está marcada para dia 11 de junho pelas 18h no Cineteatro Anadia.


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