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“Precisamos de espaços de celebração, de fé, de presença de Jesus e de construção de comunidade”

“Precisamos de espaços de celebração, de fé, de presença de Jesus e de construção de comunidade”

D. António Moiteiro inaugurou no domingo, 6 de setembro, a Casa de Éfeso, que recorda os últimos anos terrenos de Nossa Senhora. É “lugar de acolhimento” e de encontro com Jesus e Maria.

 

“Porque construímos igrejas como a Casa de Éfeso? As igrejas de pedra são espaços para acolher. As igrejas de pedras vivas somos cada um de nós. Precisamos de espaços de celebração, de fé, de presença de Jesus e de construção de comunidade”, disse D. António Moiteiro na homilia da inauguração da Casa de Éfeso, no domingo, 6 de setembro, no lugar da Junqueira, paróquia da Moita. O Bispo de Aveiro realçou que a nova “igreja” – foi a palavra mais usada e de facto consagrou o altar exterior e o interior – é lugar de acolhimento, tal como o apóstolo João colheu Maria nos seus últimos anos terrenos. “Jesus, no Calvário, disse: «Eis a tua mãe. Eis o teu filho». João recebeu Maria em sua casa. Hoje também nós ouvimos as mesmas palavras: «Eis a vossa mãe», a mãe de cada um de nós. E também diz a Maria: «Estão aqui os teus filhos»”.

A Casa de Éfeso ou Casa de Maria é uma réplica de uma edificação existente em Éfeso (Turquia), onde, segundo uma tradição, Maria viveu os seus últimos anos, na companhia do apóstolo João.

D. António Moiteiro afirmou que foi “acompanhando a construção da casa”, conhecendo “as agruras por que passou”, e realçou que “Deus não falta”, como ficou patente quando foi necessário liquidar despesas. A Casa, mais os diversos monumentos, jardim e ermidas, custou quase 300 mil euros, faltando apenas pagar um empréstimo de poucas dezenas de milhares de euros.

D. António Moiteiro com a presidente da Câmara Municipal de Anadia e os autarcas da Moita e de Vila Nova de Monsarros, no interior da Casa de Éfeso, perante a imagem da Dormição de Maria

“Maria é a protagonista. Ela é que quis”

No final da celebração, o P.e Vitor Espadilha, que sonhou, congregou vontades e liderou a construção da Casa, afirmou: “Esta casa é um milagre de amor, de ousadia de fé comunitária, interparoquial. É um projeto comum de pessoas que sonharam. Há vidas oferecidas aqui. Não há aqui protagonistas, a começar por mim. Somos todos pincéis de Deus. Maria é que é a protagonista. Ela é que quis”. Afirmando que a casa pertence oficialmente à paróquia da Moita, ofereceu a chave ao Bispo de Aveiro, para significar a disponibilidade do espaço.

A par com os agradecimentos a autarcas, artistas e construtores, o pároco da Moita e Vila Nova de Monsarros mostrou que a Casa agora faz parte da oferta cultural e religiosa do concelho lembrou traços da história e cultura da Moita, como a passagem de Camões pela localidade, os peregrinos de Santiago ou o P.e Alfredo Rei.

Os jovens que representaram tais papéis e desfilaram perante a comunidade e o Bispo de Aveiro acrescentam outra figura “já histórica na freguesia”, o próprio P.e Vitor Espadilha.

Jovens que representaram os ícones culturais e religiosos da Moita

Pe. Vitor Espadilha e D. António Moiteiro

texto e fotos: Jorge Pires Ferreira, in Edição do Correio do Vouga, de 09 de setembro de 2020


 

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