“O Dia Mundial da Esclerose Múltipla (EM) é oficialmente comemorado a 30 de maio. Reúne a comunidade global de EM para partilhar histórias, consciencializar e fazer campanha com todos os afetados por esta doença. As atividades do Dia Mundial ocorrem durante o mês de maio e no início de junho, um pouco por todo o mundo.

O tema da campanha que começa este ano é “Conexões”. #EMconexões concentra-se no desenvolvimento de conexões sociais na comunidade de pessoas com EM, na conexão consigo mesmo, no autoconhecimento, no autocuidado e na qualidade de vida. Vai desafiar as barreiras sociais que deixam as pessoas afetadas pela EM a sentirem-se sozinhas e socialmente isoladas. É uma oportunidade de defender a existência de melhores serviços, celebrar as redes de apoio e promover o autocuidado.

Esta campanha, desenvolvida em colaboração com membros do movimento global da MSIF (Multiple Sclerosis International Federation), que inclui a SPEM, irá ser desenvolvida durante 3 anos, de maio de 2020 a maio de 2022”[1].

Para quem não sabe, “a Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crónica, autoimune, inflamatória e degenerativa, que afeta o Sistema Nervoso Central. Afeta particularmente a mielina (uma bainha que rodeia, alimenta, protege e isola eletricamente as extensões dos neurónios per­mitindo a rápida transmissão de impulsos).

O mecanismo da doença assenta num erro do sistema imunitário que leva a que a mielina seja considerada como um corpo estranho e seja atacada. A EM manifesta-se de diferentes formas pelo que cada diagnóstico é único. As formas conhecidas da doença são:

  • As formas remitentes (85% dos casos e típica nos jovens adultos) em que ocorrem surtos sucessivos sem progressão contínua da doença;
  • As formas primárias progressivas (15% dos casos e típicas acima dos 40 anos) em que a doença evolui de forma lenta, mas progressiva;
  • As formas remitentes podem evoluir, ao fim de 10 ou 20 anos, para uma forma secundária progressiva, em que os surtos ficam cada vez mais raros e pode começar a ocorrer um agravamento progressivo, por exemplo, da marcha.

A diversidade de sintomas e a ausência de indicadores específicos dificultam o diagnóstico. Este é feio com base na observação de sintomas clínicos, imagens de ressonância magnética que permitem visualizar as lesões (cicatrizes das zonas de ataque à mielina/ inflamação) e elementos biológicos: análises do líquido cefalorraquidiano (que envolve o sistema nervoso central) recolhido por punção lombar.

A doença surge frequentemente entre os 20 e os 40 anos de idade, ou seja, entre os jovens adultos. Afeta com maior incidência as mulheres. Estima-se que em todo o mundo existam cerca de 2.500.000 pessoas com EM (dados da Organização Mundial da Saúde) e em Portugal mais de 8.000 (Gisela Kobelt, 2009)”[2].


[1] https://spem.pt/campanha-dia-mundial-da-em/

[2] https://spem.pt/esclerose-multipla/