Pages Navigation Menu

Levanta-te e caminha! – Plano Pastoral

  1. INTRODUÇÃO
    Tendo em conta o processo de consulta sinodal, a carta pastoral do senhor Bispo e as propostas do Conselho Presbiteral e do Conselho Diocesano de Pastoral, este programa pastoral assenta no desejo expresso de se viver uma pastoral próxima das necessidades das pessoas e das comunidades, escutando, dialogando, discernindo e acompanhando. Jesus assim fez, Ele é sempre a referência, o modelo. Este programa vem em continuidade com o processo da consulta sinodal realizada e abre-se ao futuro de esperança que este caminho sinodal reforça na vida da Igreja.
    O êxito de um programa pastoral não radica no brilhantismo ou na eficácia das ações propostas, nem no maior ou menor protagonismo de cada ator. É sempre uma resposta às interpelações que Jesus nos faz: “levanta-te e caminha”, “desce daí… quero ficar em tua casa”, “vem e segue-me”, “passemos à outra margem”. É sempre uma palavra interpelante, desafiante, à qual somos convidados a responder com ousadia, sem ter medo de arriscar.
    O momento que vivemos exige conversão pessoal e reforma das estruturas. Este é o caminho prático, onde a atitude primeira será sempre “ouvir o que o Espírito Santo diz à Igreja”. Quando se trata de fazer opções pastorais e há obstáculos no caminho, é preciso caminhar confiantes, com a caridade e a paciência pastoral de Jesus. A misericórdia e a caridade devem ser critérios fundamentais em todos os processos de renovação. Esse caminho ninguém o percorre sozinho. É sempre um caminho com os demais. Daí a necessidade de promover uma cultura do encontro e do diálogo, que facilita a comunicação humana autêntica, expressão do que é autenticamente a sinodalidade.
    Mais do que reproduzir o que já se conhece e aquilo de que todos se cansaram, ou procurar a última novidade que parece tudo resolver, é necessário estar aberto e vigilante em relação ao que surge de novo no interior de cada comunidade humana e eclesial, no interior do caminho que se percorre. Aí é possível reconhecer a obra de Deus em cada um, maravilhar-se perante as surpresas do Espírito, propor o evangelho e fazer-se testemunha de vida.
    Este programa é um apontar de caminhos que, cada pessoa, cada comunidade, movimento ou serviço de pastoral deve percorrer segundo a especificidade que lhe é própria. As linhas de ação são esses caminhos, são o “por onde se pode caminhar”.
    Este programa pastoral só estará completo com a sua concretização através da pastoral paroquial, das ações protagonizadas pelos movimentos e pelas iniciativas dinamizadas a nível diocesano e arciprestal por parte dos diversos secretariados, neste espírito do “caminhar juntos” (sinodalidade). O primeiro passo é, portanto, conhecê-lo para o concretizar.

A. Âmbitos a privilegiar

  1. A sinodalidade como espírito que deve animar a prática pastoral
  2. A comunicação como caminho para promover e fortalecer a comunhão eclesial
  3. A JMJ como oportunidade para reanimar a pastoral juvenil
  4. A pastoral vocacional, dimensão presente em toda a ação pastoral

B. Objetivos

  1. Implementar o espírito sinodal como forma de ser e edificar a Igreja de Jesus neste tempo e nesta cultura: escutando, refletindo, aprendendo e consolidando a sinodalidade.
  2. Definir e promover um estilo de comunicação (interna e externa) que seja fator de comunhão e de motivação nos processos de decisão paroquial, arciprestal e diocesana.
  3. Aproveitar o processo de preparação da Jornada Mundial da Juventude oportunidade para reanimar a pastoral juvenil na diocese e nas paróquias.
  4. Promover a espiritualidade vocacional nos vários domínios e setores da ação pastoral da diocese.

C. Linhas de ação

No âmbito da sinodalidade

  • Opção por um estilo de pastoral sinodal, em que sejam ativados a escuta recíproca, o discernimento cuidado, a decisão partilhada, para edificar a comunhão e promover a comunicação.
  • Valorização da vocação batismal para superar a mentalidade que separa sacerdotes e leigos e considera protagonistas os primeiros e executores os segundos.        
  • Valorização da síntese diocesana do processo de consulta sinodal como objeto de estudo e reflexão em todos os domínios da ação pastoral;
  • Revitalização e valorização das instâncias organizativas da corresponsabilidade pastoral: o Conselho Económico Paroquial e Diocesano, o Conselho Pastoral Paroquial, o Conselho de Arciprestes, o Conselho Diocesano de Pastoral e o Conselho Presbiteral
  • Implementação, nos diferentes órgãos de participação e corresponsabilidade, de hábitos de escuta e de leitura atenta da realidade, de discernimento dos caminhos de evangelização conducentes à conversão e renovação pastoral.

No âmbito da comunicação e da comunhão

  • Reestruturação dos serviços diocesanos de comunicação;
  • Promoção de iniciativas culturais, eclesiais e outras que contribuam para a “cultura do encontro” e a comunhão entre pessoas;
  • Consolidação da coordenação da pastoral diocesana na articulação entre secretariados, departamentos, serviços e movimentos.

No âmbito da preparação da Jornada Mundial da Juventude

  • Preparação da JMJ em articulação com os vários secretariados diocesanos e movimentos, envolvendo diferentes pessoas e dinâmicas diversificadas;
  • Renovação das estruturas pastorais existentes, dando especial atenção ao mundo juvenil e criação de dinamismos que continuem para além da JMJ.

No âmbito da pastoral vocacional

  • Dinamização e valorização do Plano Diocesano de Pastoral Vocacional como missão de todos as pessoas e estruturas da pastoral diocesana, paroquial, dos serviços e movimentos.
  • Criação de momentos de oração, em silêncio e contemplação, onde se faça experiência de encontro com o Mistério de Deus revelado em Jesus.

D. Ações a realizar  

  1. Ao longo de todo o ano
    1. Fazer a leitura da realidade social, eclesial e cultural tendo a síntese diocesana da consulta sinodal (SDCS) como referência.
    2. Criar e/ou renovar o conselho pastoral paroquial ou interparoquial em todas as paróquias da diocese, valorizando a sua importância no trabalho pastoral;
    3. Renovar e revitalizar as equipas arciprestais de pastoral.
    4. Criar e implementar um ritual de envio pelo bispo diocesano, dos membros do conselhos pastorais e conselhos económicos;
    5. Criar e dinamizar um centro de acolhimento e de escuta em cada arciprestado, com equipa multidisciplinar.
    6. Divulgar e dinamizar a maior participação possível dos jovens dos 14 aos 30 anos na JMJ
    7. Alargar e dinamizar o Mosteiro Invisível Vocacional a todas as paróquias da diocese.
    8. Criar animadores vocacionais paroquiais que sejam interlocutores entre o serviço de vocações e a paróquia.
    9. Fazer memória de padres e bispos da nossa diocese, já falecidos, capazes de interpelar e inspirar novas vocações ao ministério ordenado.
    10. Fazer um dia de memória em cada paróquia dos “seus padres” falecidos.

Até ao Natal

  1. Fazer um levantamento do perfil dos Conselhos Pastorais e Conselhos Económicos existentes;
  2. Dar continuidade ao processo e aos grupos de reflexão paroquial da consulta sinodal, a partir da SDCS e do Documento da Fase Continental;
  3. Instalar e organizar o espaço de trabalho dos secretariados, departamentos e serviços (Centro Pastoral) e respetiva coordenação pastoral;
  4. Apresentar a nova página web da diocese;
  5. Consolidar as estruturas de COP’s e COA’s em todas as paróquias e arciprestados, valorizando os dinamismos de partilha e corresponsabilidade;
  6. Selecionar as famílias de acolhimento de jovens das pré-jornadas.
  7. Celebrar a Semana dos Seminários com propostas enquadradas na nossa realidade diocesana

Até à Páscoa

  1. Fazer formação para agentes de pastoral sobre comunicação e comunicação digital
  2. Acolher os símbolos da JMJ em cada arciprestado e dinamizar
  3. Formar e envolver as famílias de acolhimento de jovens das pré-jornadas
  4. Organizar e promover visitas guiadas ao Seminário

Depois da Páscoa

  1. Fazer formação para os membros dos conselhos pastorais e económicos das paróquias.
  2. Fazer formação para agentes de pastoral sobre comunicação e comunicação digital
  3. Assinalar os 600 anos do início da construção do Convento de Nossa Senhora da Misericórdia (hoje Sé catedral).
  4. Celebrar a Semana das Vocações com propostas enquadradas na nossa realidade diocesana
  5. Celebrar e enviar em missão os membros dos Conselhos Pastorais e Conselhos Económicos paroquiais


  • Facebook
  • Google+
  • Twitter
  • YouTube